segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Jesus caminha connosco.

Queres afastar-me, deixar-me sozinho.
Queres acabar, pregar-me medinho.
Não falas com um chavalinho,
Não tenho medo de te partir o focinho.
Eu não ando sozinho, tenho alguém
Que não me deixa ser ninguém,
Que me incentiva a fazer o bem
Sem nunca querer olhar a quem.

A tua retórica é coerente,
Mas a tua língua só mente,
O teu coração não sente,
O teu ódio cumprimenta-me de frente.
Receias a minha luz cabrão,
Sabes que ela te manda ao chão,
Sabes que ela encerra a razão,
Sabes que as chamas são a tua punição.

Garantes que Ele não existe e insistes
Que somos ovelhas e só tu permites
A liberdade que só tu transmites,
Mas é tudo falácia sem limites!
Tu ostracizas e aterrorizas,
Levas os mortos ao peito tipo divisas,
Fazes férias nos Mónacos e Ibizas
Á pala dos otários que minimizas!

Se escrevesse sobre o Amor
Ou política, receberia ardor,
Todo o feedback e calor
Associada à minha alegria ou dor.
Mas se falo na necessidade de Deus
Lavar estes pecados meus,
Já pertenço àqueles plebeus,
Mais burro que todos os ateus.

É essa a tua intenção, não é? Palhaço!
Gozas com todos no teu fatinho com laço,
Enquanto te perfumas com um verde maço
De ardores nossos, roubados sem traço.
Mas prefiro andar todo esfarrapado,
Pela sociedade alta e rica odiado,
Com os pés negros de tanto ter sangrado
E com Jesus todos os dias do meu lado.

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