Está um aroma familiar no ar.
Cheira a sorrisos sinceros,
A gargalhadas que só
O cristal da tua genuinidade
Poderia retinir.
Ansioso, procuro pela sua proveniência.
Vai intensificando, com travos
Do teu olhar com sabor a avelâ,
Dos teus cabelos, deliciosos fios
Cozinhados pelo calor da tua existência.
Fica tão forte, que quase perco a vista.
Corro, para conseguir alcançar
A tua pele morena, tingida pelo
Sol que tanto amas, tão viciante
E charmosa como a tua alma.
Quando lá chego, vejo que me engano.
Não és tu que soltas o aroma.
É a saudade, eterno manipulador
Da minha vontade de existir.
Tu vais lá ao longe, com outro aroma.
Aroma de renovação.
Aroma de mudança.
Um aroma que não é o teu.
Porque já não é o que partilhámos.
Esse, fica só nas minhas feridas.
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