segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O Amor da minha vida.

Sabes o que é ridículo? Perdi este tempo todo a procurar em todos os que me rodeiam o sorriso que apenas tu me sabes dar. Eu sempre soube que só poderia voltar a ser feliz se não te deixasse ir embora. Mas não quis que chorasses mais. Não quis que estivesses com um traidor. Não quis que estivesses com quem os teus pais não iriam aprovar. Não quis que estivesses com quem os teus amigos não iriam aceitar. Não quis que tivesses de sofrer por estar com quem amavas. Meti na cabeça que só irias ser feliz se me deixasses de amar. Estúpido, não reparei que, à medida que isso ia acontecendo, eu ia morrendo. Átomo a átomo, ia desaparecendo. Então disse-te, quero-te. Então disseste, vieste tarde demais. Tentei, em desespero, arrancar tudo o que tinha dentro de mim, com raiva da minha inércia e burrice. Só encontrei o vazio. Vazio de tudo o que arranquei para suportar a dor de não ser o homem da tua vida, de não ser perfeito para ti, de te ter traído, de ter fingido que o melhor era não estarmos juntos. Agora grito, em desespero, para ouvir o meu próprio eco. Tento sorrir, para que não te tenhas de preocupar. Mas não consigo. Não porque queira que te sintas mal, mas porque já não o tenho. Bem como o meu coração e tudo aquilo que tinha de bom, aliás. Foste quem encontrou algo positivo em mim, foste quem ficou com isso e levou para longe de mim. Sabes o que é ridículo? É eu acreditar ainda na vã esperança de que um dia voltaremos a estar juntos, porque amores assim só acontecem uma vez na vida. O ser humano é mesmo assim, masoquista. E enquanto tiver pele para arranhar e cortar, continuarei a sentir esperança. Que possas sorrir e encontrar a verdadeira felicidade.

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