terça-feira, 18 de junho de 2013

Espaço.

Do espaço, tudo é relativo.
Os planetas parecem berlindes,
A luz parece eléctrica,
Os problemas parecem histórias,
A vida parece suspensa.

Essa é a solidão do viajante,
Artista dos novos mundos,
Minúsculos no olhar
Mas infinitos na mente
Que os ousa navegar.

Todas as palavras existem
Sem terem aprendido a serem ditas.
O som é uma memória distante
De um sonho onde tudo o que parece
Plural se torna miragem.

Nesta dimensão sem cores
Socialmente reconhecíveis,
Não existem erros, porque não existe
Moral, logo não existem guerras
Nem existe sociedade.

Existe apenas o existir,
A essência suprema,
Esquecida nos meandros
Asfixiantes do controlo humano
Sobre si mesmo.

E assim vagueia, sem caminho
Nem destino, a nave exploradora,
Desbravadora de novas sensações,
Sem adjectivos, preconceitos,
Catalogações, enfim, livre.



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