segunda-feira, 19 de março de 2012

Redenção falsa.

É muito bonito pedir-se perdão. A dor aumenta, a culpa também. Custa viver sabendo que se errou. Mas se não custava durante o erro, porque custa agora? Há erros evitáveis. Uns fazem-se no calor do momento. Quando o cérebro desliga e a boca fala sem rédeas. Esses pedaços de má memória, irreflectidos mas nunca esquecidos. Outros, erram quando tentam desbravar locais para os quais não têm autorização. Sabem que perderão o direito de os olhar se tocarem. Mas a curiosidade é forte demais. Ainda há quem erre 20 e tal anos. No fim, sentem arrependimento e juram não repetir. Porque duas dezenas de anos não serviram para repetição suficiente.

Não procuro clareza textual com isto. Não anseio por lirismo literário com isto. Não aguardo aceitação universal das minhas qualidades escritas. Apenas quero dizer uma coisa. Pede-se muito perdão e muita segunda opinião. Peçam antes juízo e dois dedos de testa. Talvez ajude a perceber que existem erros que são imperdoáveis porque deixam de os ser. Passam a ser crimes. Para isso, não existem segundas oportunidades.

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