Estar sentado e olhar o horizonte.
Ao lado, sempre ao lado,
A companhia que me ignora
O pedido de socorro nos olhos.
Dentro de mim, um concerto.
Mil trompas anunciando o fim,
Com os violinos a chorarem a dor
De não ouvirem os tenores a suplicar
Pela libertação da sinfonia,
A que me corrompe e corrói,
Passeando-se pela minha imaginação,
Diminuindo e destruindo.
O tempo termina, toque de caixa
Para o sistema novamente.
Baixa-se o som, aumenta-se a intensidade,
Levanta-se o sorriso, está tudo bem.
Outro momento passou,
Outro buraco foi criado,
Até quando serei veneno,
Até quando recusarei ser antídoto?
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