Do espaço, tudo é relativo.
Os planetas parecem berlindes,
A luz parece eléctrica,
Os problemas parecem histórias,
A vida parece suspensa.
Essa é a solidão do viajante,
Artista dos novos mundos,
Minúsculos no olhar
Mas infinitos na mente
Que os ousa navegar.
Todas as palavras existem
Sem terem aprendido a serem ditas.
O som é uma memória distante
De um sonho onde tudo o que parece
Plural se torna miragem.
Nesta dimensão sem cores
Socialmente reconhecíveis,
Não existem erros, porque não existe
Moral, logo não existem guerras
Nem existe sociedade.
Existe apenas o existir,
A essência suprema,
Esquecida nos meandros
Asfixiantes do controlo humano
Sobre si mesmo.
E assim vagueia, sem caminho
Nem destino, a nave exploradora,
Desbravadora de novas sensações,
Sem adjectivos, preconceitos,
Catalogações, enfim, livre.
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