A mentira fazia parte do meu ser,
Tinha como objectivo distorcer
Tudo aquilo que eu desejara,
Odiando a sorte que não tivera
De nascer tal qual como sou,
Uma alma cujo corpo nunca amou.
Reflexo imperfeito,
Como me pudeste enganar assim?
O que vi em ti não aceito,
O que me mostras não está em mim.
Gritei socorro, num tom assustado,
Mas o grito saía silenciado,
Abafado pelo medo da ignorância
Que nos olhares, em 1ª instância
A mentira fazia-me ver,
Com receio que eu pudesse deixar de sofrer.
Reflexo imperfeito,
Como me pudeste magoar assim?
Em ti imaginei o meu peito
Rasgado, como se fosse de cetim.
No limiar do desespero, caído no chão,
Senti uma ténue luz no coração.
Fui reerguido pela força da revolta
E posto a flutuar, com a alma solta,
Num antagonismo de estranhar,
Apesar de me ser tão familiar.
Reflexo imperfeito,
Porque continuas a insistir assim?
Já não suspiro no meu leito,
Já não anseio pelo meu fim.
Hoje, sou em tudo diferente,
E mesmo que por momentos tente,
Aquela máscara de uma realidade
Na qual não encontro identidade
Já não me causa temor,
Na essência encontrei o Amor!
Reflexo imperfeito,
Porque me olhas assim?
O que te fiz, já devia ter feito,
Há muito que merecias ter um fim!
(Letra para Artes Performativas)
Ainda não acredito que isso vai ser um rap.
ResponderEliminarAnyway... vais ter que em pagar direitos de autor pelo nome da peça, fui roubada! -Humph-